Trump admite que reduziu testes para esconder casos de covid-19

Republicano retomou campanha pela reeleição no último sábado 20

Foto: Nicholas Kamm / AFP

Apoie Siga-nos no

Em meio à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 119.000 pessoas e infectou 2,2 milhões nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump retomou sua campanha pela reeleição em Tulsa, Oklahoma, com um comício que contou com aglomerações e ausência de distanciamento social.

No Estado, os casos de covid-19 dispararam, mas o presidente minimizou o risco de que o evento pudesse gerar um surto de novos infectados.

Segundo a agência AFP, cerca de 19 mil pessoas compareceram à BOK Arena, onde o comício ocorreu. A maioria usava bonés e camisetas com o famoso lema “Make America Great Again”, e poucos portavam máscaras.

“Vocês são guerreiros”, disse Trump aos apoiadores. “A maioria silenciosa está mais forte do que nunca”, continuou o presidente.

No discurso, o republicano criticou o seu rival, o candidato democrata Joe Biden, culpou a China pelo coronavírus e reforçou o apelo pela “lei e ordem”.

Trump também defendeu seu plano de fechar as fronteiras e admitiu que pediu a redução de testes de covid-19.


“Os testes são uma faca de dois gumes porque quando você faz tantos testes, encontrará mais casos. Então eu disse ao meu povo, parem os testes, por favor”, discursou.

Com a repercussão da declaração, mais tarde a Casa Branca disse que a frase era uma brincadeira do presidente.

Para participar do comício, foi necessário comprometer-se a não processar a equipe eleitoral de Trump, mesmo que seja infectado no local.

(Com informações da AFP)

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.