Trump é acusado por 3 casos de suborno antes das eleições, confirma promotor

Segundo Alvin Bragg, o ex-presidente 'falsificou repetida e fraudulentamente os registros comerciais de Nova York para esconder crimes'

Foto: Andrew KELLY / POOL / AFP

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi indiciado com 34 acusações criminais de falsificação de registros contábeis decorrentes de três casos de suborno antes das eleições, disseram promotores nesta terça-feira 4.

“Donald J. Trump falsificou repetida e fraudulentamente os registros comerciais de Nova York para esconder crimes que ocultaram informação prejudicial ao eleitor durante as eleições presidenciais de 2016”, declarou o promotor Alvin Bragg.

Segundo Bragg, Trump providenciou o pagamento de 130 mil dólares para a estrela pornô Stormy Daniels a fim de comprar seu silêncio sobre um encontro sexual em 2006.

Há, ainda, um pagamento de 30 mil dólares realizado por meio de um intermediário a um antigo porteiro da Trump Tower que alegava que Trump seria pai de um filho fora do casamento, acrescentou Bragg.

O último caso envolveu uma mulher que recebeu 150 mil dólares de um jornal americano em troca de não falar sobre um relacionamento sexual que supostamente manteve com Trump. A mulher não foi identificada no processo, mas tem sido frequentemente reportada como Karen McDougal, uma antiga coelhinha da Playboy.

Um advogado de Donald Trump afirmou nesta terça que lutará contra as acusações que enfrenta o ex-presidente e qualificou a situação como “triste”.


Trump se declarou inocente das 34 acusações em um tribunal de Manhattan, em Nova York, depois de ouvir as alegações nesta tarde. Ele deixou a corte por volta das 16h30 de Brasília.

O magnata, que tecnicamente permaneceu sob custódia, foi submetido ao trâmite habitual para um indiciado, como a tomada de fotografias e de digitais para a ficha judicial.

Do lado de fora do tribunal, dezenas de simpatizantes de Donald Trump se reuniram antes da audiência. Agentes do Departamento de Polícia de Nova York estavam a postos no local enquanto trumpistas, muitos usando chapéus com o slogan “Make America Great Again”, gritavam insultos contra os opositores.

Já os manifestantes contrários ao republicano desfilavam com uma grande faixa com a mensagem “Trump mente o tempo todo” e gritavam “prendam-no!”.

Apesar de histórico, o comparecimento de Trump à Justiça “não é uma prioridade” o presidente Joe Biden, alegou nesta terça porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

“Obviamente, ele [Biden] vai acompanhar parte das notícias quando tiver um momento para se atualizar, mas isso não é uma prioridade para ele”, afirmou.

(Com informações da AFP)

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