Mundo
Turquia dá aval para a adesão da Suécia à Otan
‘Um dia histórico’, celebrou o o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/07/zelensky_erdogan.jpg)
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deu seu aval nesta segunda-feira 10 para a adesão da Suécia à Otan, e seu governo impulsionará o processo no poder legislativo turco, anunciou o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.
“Este é um dia histórico”, destacou Stoltenberg em coletiva de imprensa em Vilnius, Lituânia. “Estou feliz em anunciar que o presidente Erdogan concordou em enviar o Protocolo de Adesão da Suécia à Grande Assembleia Nacional o quanto antes e trabalhar junto à Assembleia para garantir a ratificação.”
A declaração foi concedida após o secretário-geral se reunir com Erdogan e o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, na véspera de uma cúpula da Otan na capital lituana.
A Otan realizará uma cúpula entre terça e quarta-feira para discutir sua relação com a Ucrânia. Já se esperava que a Turquia levantasse o veto que havia imposto à entrada da Suécia na aliança militar transatlântica.
No entanto, antes de partir para a capital lituana, Erdogan havia adiantado que seu país só retiraria o veto se fosse facilitada a entrada da Turquia na União Europeia, um processo estagnado há décadas.
Diante desse novo elemento, foi organizada às pressas uma reunião de Erdogan com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel – líder da instituição da UE que representa os governos dos 27 países do bloco – para desbloquear a questão.
Em um tuíte, Michel anunciou que discutiu com Erdogan como “revitalizar” a relação entre a UE e a Turquia.
“Exploramos oportunidades para trazer a cooperação entre a UE e a Turquia de volta ao centro das atenções e revitalizar nossas relações”, tuitou Michel após o encontro com o presidente turco.
Além disso, Michel indicou que o Conselho “convidou o Alto Representante [o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell] e a Comissão Europeia a apresentar um relatório com uma visão de como proceder estrategicamente e com foco no futuro”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/05/000_33FK4DM-1-300x173.jpg)
Cúpula do BRICS na África do Sul será presencial, apesar de mandado de prisão contra Putin
Por AFP![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/10/000_32L39LP-300x200.jpg)
Putin e Talleyrand
Por José Sócrates![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/07/000_33N897M-2-300x173.jpg)
Presidente polonês viaja à Ucrânia às vésperas da cúpula da Otan
Por AFP![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/02/000_339N2C7-300x200.jpg)