Mundo
Ucrânia tentará negociar com a Rússia, mas com ceticismo, diz Zelensky
Antes da invasão, a Ucrânia havia pedido diálogo com Moscou, que rejeitou a proposta
A Ucrânia quer “tentar” negociar com a Rússia, ainda que sem muita convicção de que as negociações marcadas para este domingo (27) possam pôr fim à invasão russa, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Digo as coisas claramente, como sempre: não acho que vá dar resultado”, mas “temos que tentar”, disse Zelenskiy em um vídeo, antes das conversas agendadas entre Rússia e Ucrânia na fronteira com Belarus.
Ele acrescentou que não queria que os ucranianos pensassem no futuro que ele “não tentou parar a guerra quando havia uma pequena chance de fazê-lo”.
Por sua vez, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, afirmou que a Rússia abriu as portas para as negociações porque “sua guerra-relâmpago falhou”.
Zelensky relatou que pediu que “mísseis, aviões e helicópteros não voem para a Ucrânia de Belarus” durante uma conversa por telefone com o líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, cujo país serve como base de retaguarda dos russos para a invasão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.