Mundo

YouTube decide bloquear canais financiados pelo governo russo em todo o mundo

Trata-se de uma nova etapa na briga entre plataformas digitais e o governo de Vladimir Putin

Foto: ERIC PIERMONT/AFP
Apoie Siga-nos no

O YouTube iniciou o bloqueio global de canais ligados à mídia financiada pelo governo da Rússia, segundo anúncio desta sexta-feira 11. A plataforma diz que a decisão está de acordo com uma política para barrar conteúdos que neguem, minimizem ou banalizem episódios violentos bem documentados, no âmbito da guerra na Ucrânia.

Em uma decisão anterior, o YouTube já havia comunicado o bloqueio dos principais canais apoiados pelo Kremlin na Europa. Procurada pela agência Reuters, a plataforma, que pertence ao Google, não especificou quantos ou quais canais seriam barrados mundialmente.

Trata-se de uma nova etapa na briga de plataformas digitais e redes sociais contra o governo de Vladimir Putin.

Mais cedo nesta sexta, Moscou anunciou ter restringido o acesso ao Instagram, acusado de disseminar apelos por violência contra os russos.

O Comitê de Investigação da Rússia já havia comunicado ações legais contra a Meta, empresa que controla Facebook e Instagram, por ter flexibilizado as regras sobre mensagens violentas destinadas ao exército e a autoridades de Moscou.

O órgão afirmou ter aberto investigações “devido a pedidos ilegais de assassinato de russos por colaboradores da sociedade americana Meta”.

Além disso, a Procuradoria-Geral russa pediu que a Meta seja classificada como uma organização “extremista” e que o acesso ao Instagram seja bloqueado no país. O Facebook não pode ser acessado desde 4 de março.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo