Zelensky visita o leste da Ucrânia e demite autoridade de segurança

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky visitou neste domingo 29 o leste do país pela primeira vez desde o início da invasão russa. As forças de Vladimir Putin apertam o cerco sobre as cidades de Severodonetsk e Lyssychansk, no Donbass.

Em imagens divulgadas no Telegram, Zelensky aparece vestido com colete à prova de balas enquanto inspeciona a destruição, acompanhado por colaboradores e soldados armados.

Após a visita, o presidente ucraniano anunciou ter demitido o chefe dos serviços de segurança de Kharkiv por “não trabalhar na defesa da cidade” desde o início da ofensiva lançada pela Rússia.

“Eu demiti o chefe das forças de segurança ucranianas para a região porque ele não trabalhou na defesa da cidade desde o primeiro dia desta guerra em grande escala, pensando apenas em si mesmo”, afirmou em transmissão nacional.

Embora o presidente não tenha mencionado o nome do funcionário, a mídia ucraniana o identificou como Roman Dudin, diretor dos Serviços de Segurança da região de Kharkiv.

Zelensky permaneceu na capital Kiev desde que Putin determinou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Kharkiv, bombardeada quase diariamente desde o início da guerra, vivencia uma pausa de algumas semanas, com a transferência de tropas russas para outras direções, no leste e no sul da Ucrânia. A parte leste da cidade, no entanto, continua sendo bombardeada esporadicamente pela artilharia russa.

A Rússia assumiu a responsabilidade pela apreensão da cidade-chave de Lyman no sábado, um avanço que acentua a pressão contra Lyssychansk e Severodonetsk.

“Nesta guerra, os invasores estão tentando obter um resultado, seja ele qual for. Mas eles devem saber há muito tempo que defenderemos nossa terra até o fim”, disse Zelensky. Ele discursará nesta segunda-feira 30 na cúpula europeia em Bruxelas, onde os líderes dos 27 Estados-membros se reunirão para tomar uma decisão sobre um possível embargo ao petróleo russo. O bloco europeu está considerando excluir o oleoduto que entrega petróleo à Hungria do novo pacote de sanções, disseram fontes da UE à AFP.