A democracia na encruzilhada

A extrema-direita cresce no vácuo da incapacidade dos liberais e dos partidos de centro-esquerda de resolver problemas básicos das sociedades

Trump não foi reeleito, mas ainda tem força nos EUA - Imagem: Gage Skidmore

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Todas as eleições presidenciais são históricas. No entanto, as deste ano agregam uma singularidade a mais pelas circunstâncias em que ocorrem. Os anos recentes são marcados por ameaças às democracias em vários países. O Brasil não fugiu disso: o governo Bolsonaro representa a mais grave ameaça ao Estado Democrático no período pós-ditadura.

Circula a tese de que governos de extrema-direita que governam países democráticos não se reelegem. Foi o caso de Donald Trump nos EUA e será o caso de Jair Bolsonaro no Brasil. Mas há exceções: Viktor Orbán, na Hungria, está em seu quarto mandato. A Europa está coalhada pela ascensão de partidos de extrema-direita. A Itália deverá ser governada por uma coalizão de inspiração fascista, liderada por Giorgia Meloni. Na Suécia, o partido extremista Democratas Suecos tornou-se o segundo maior e integra um governo de direita. A extrema-direita consolida-se ainda na França, Alemanha, Áustria, Espanha, Polônia, Bulgária e República Tcheca.

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