Marjorie Marona

Professora da UFMG, coordenadora do Observatório da Justiça no Brasil e na América Latina e pesquisadora do INCT IDDC.

Opinião

assine e leia

Arapuca bolsonarista

Para escapar das falsas acusações de perseguição a Bolsonaro e aos seus aliados, o STF precisa manter uma atuação assertiva e, ao mesmo tempo, bem precavida

O ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Rosinei Coutinho/STF
Apoie Siga-nos no

O Supremo Tribunal Federal alcançou o núcleo antidemocrático do governo Bolsonaro e o 8 de Janeiro começa a delinear-se como o ápice de um processo de erosão da democracia, a contar com a mobilização ativa de integrantes do alto escalão da administração federal e das Forças Armadas. As reações bolsonaristas não tardaram. Em tom acusatório, repetindo o brado da perseguição e da parcialidade do STF, Bolsonaro primeiro vitimizou-se, para depois convocar seu séquito para uma manifestação, cujo propósito não se mostra muito claro. Parece uma desesperada busca por apoio popular em face do agravamento das acusações de golpismo que pesam contra ele.

Da tribuna do Senado, Hamilton Mourão conclamou os militares a reagir ao que classificou de arbitrário e ilegal. Outras vozes aliadas foram ouvidas em manifestações nas redes ou inserções na imprensa. A defesa técnica de Bolsonaro também entrou em ação, ora reverberando, ora contraditando revelações das investigações e questões procedimentais da atuação do STF e, em particular, do ministro Alexandre de Moraes.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo