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Opinião
Engodo em pílulas
É preciso proteger a saúde da população contra comerciantes inescrupulosos que fazem da vida uma mera mercadoria
Por
Arthur Chioro
29.06.2023 17h59 | Atualizado há 1 ano
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A escolha do tema desta coluna foi instigada pela reportagem de capa de CartaCapital, que trata dos produtos com alegação terapêutica. Suplementos e medicamentos isentos de prescrição médica, que não possuem tarja vermelha ou preta em suas embalagens, podem ser anunciados à população de forma geral. Não é admissível, todavia, o uso de recursos que possam tornar a informação falsa, incorreta ou que cause confusão. Afinal, a publicidade define padrões de mercado e de comportamento das pessoas.
Como médico, atuo há 26 anos em um Centro de Controle de Intoxicações. Atendi muitos casos de pacientes que deram entrada em serviços de urgência e emergência, vitimados por suplementos e medicamentos vendidos como inofensivos. A cultura de uma vida saudável e a busca de soluções para doenças e problemas de saúde, principalmente os crônicos, que tendem a ser mais prevalentes nos idosos, levam muitas pessoas a adquirir esses produtos sem orientação e prescrição médica.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
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