Maria Rita Kehl

Opinião

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As substâncias ilícitas são mais nocivas que o álcool e o tabaco? O que dizer, então, das terríveis consequências da guerra às drogas?

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Leio na Folha de S.Paulo que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, pretende debater, no Conselho Nacional de Justiça, uma política pública sobre drogas. “Penso em organizar um grande evento para nós repensarmos a questão da segurança pública e das drogas no Brasil, sem preconceito, sem superstição, com criatividade, com originalidade”, afirmou durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, no qual participou de um painel sobre os desafios da América Latina.

Achei genial a escolha das palavras. É realmente importante incluir “criatividade” e “originalidade” no debate de um assunto que costuma ser tratado apenas pelo viés da repressão policial. O ministro esclarece que seu objetivo não é propor a descriminalização das drogas, e sim discutir a questão. Já é um passo importante. Presentes neste mesmo evento em Davos, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld, também se mostraram dispostos a repensar o modelo de “guerra às drogas” em seus países.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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