Em sua coluna no Financial Times, Ruchir Sharma denuncia os danos causados à economia global pela valorização do dólar. Ele diz que a moeda americana se tornou o “aríete de demolição, subindo muito mais do que se esperaria com base em fundamentos, incluindo a diferença entre as taxas de juro nos EUA e no resto do mundo. Sua extraordinária alta é impulsionada por investidores que pensam que o dólar é o único paraíso e especuladores apostando que ele continuará subindo”.
Os queixumes de Ruchir Sharma carregam minha memória para o início da década dos 90. Nesse momento, a visão dominante embutida nos modelos teóricos do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial garantia: a abertura e a desregulamentação financeiras promoveriam a suavização das flutuações da renda e do consumo nos países da periferia.
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