Riad Younes

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Médico, diretor do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e professor da Faculdade de Medicina da USP.

Opinião

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Quem disse que é normal?

Novos estudos contestam os significados de normalidade e nos estimulam a repensar e reavaliar os nossos preconceitos e a própria prática médica

Foto: Reprodução/Telegraph
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O normal não existe. Esta é a ideia por trás de anos de estudos resumidos no excelente livro Sou Normal? Os 200 Anos de Procura por Pessoas Normais (e Por Que Elas Não Existem), de Sarah Chaney, pesquisadora da Universidade Queen Mary, em Londres.

Sara defende a tese de que a humanidade fez, e continua fazendo, um esforço gigante para construir um “conceito de normal”, por meio do qual julgamos tudo ao nosso redor e criamos a classificação de normal ou anormal. “Antes de 1820, a palavra normal não era usada para se descrever ou descrever outros, nem por cientistas ou médicos para entender as populações humanas”, escreve. “O conceito era usado em matemática, para triângulos, equações e fórmulas. As pessoas não eram normais, as linhas e os cálculos eram.”

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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