Maria Rita Kehl

Opinião

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Racismo: ontem, hoje e sempre

Os insultos racistas dirigidos a Vini Jr. também têm lugar no Brasil. Qual negro do País pode afirmar que nunca foi vítima de preconceito?

Foto: Jose Jordan/AFP
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Desde 2018 o atacante Vinícius Júnior, revelação do Flamengo, joga na Espanha pelo clube Real Madrid. Parece que o pessoal do clube não estava satisfeito nem com seu desempenho nem pelo valor (alto) de seu passe. Assuntos para discussão interna entre o clube e o jogador. Mas não é este o ponto que nos interessa aqui.

Do ponto de vista das manchetes publicadas nas primeiras páginas dos jornais, pode ser que o caso das agressões racistas de parte do público espanhol contra Vinícius Júnior esteja ultrapassado. Mas como podemos considerar ultrapassado um tema que permeia a história do Brasil desde o nosso passado (passado?) escravocrata? Sim, mais uma vez somos obrigados a falar sobre racismo. O ponto que nos interessa são as ofensas proferidas contra ele pela torcida, que nem ao menos teve imaginação. Das arquibancadas vieram gritos de (que clichês!) “macaco” ou “mono” (o mesmo, em espanhol). Não vale a pena aqui relatar a sequência de brigas e confusões que marcou a partida. Importam para nós, brasileiros, os crimes de racismo cometidos por parte dos torcedores. Poderiam ter acontecido aqui.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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