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A crise também é estética

O Halloween em Brasília reuniu boiadeiros, militares de hospício e de pijama, torcedores da seleção e black blocs aposentados

Não satisfeita em apunhalar uma tela de Di Cavalcanti, a matilha bolsonarista marcou território no STF - Imagem: Redes sociais
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Dona Fátima, 67 anos, de Tubarão, Santa Catarina, foi uma das estrelas dos atos terroristas. Se não deu a própria vida para livrar o Brasil de Lula e do comunismo, a patriota entregou ao menos restos do corpo. Fez o que pôde. O vídeo de dona Fátima viralizou no Twitter e é absolutamente necessário descrevê-lo nos pormenores, o que me leva a pedir desculpas antecipadas aos leitores mais sensíveis. Alguém filma a cena e pergunta à invasora: “Dona Fátima, quebrando tudo?” “Quebrando tudo”, responde ela. “E cagando nessa bosta aqui.” “Cagou lá no banheiro, fez uma sujeira lá? É isso, dona Fátima, Deus abençoe a senhora”, agradece o cúmplice. “É guerra, vamos pra guerra”, retruca a heroína do vaso sanitário. A catarinense até foi pudica, preferiu lançar os petardos golpistas no lugar apropriado.

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Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

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