Política

A estratégia da CPI no DF para ouvir empresários que financiaram os atos golpistas do 8 de Janeiro

Os parlamentares estudam ir à Justiça para ouvir Adauto Lucio de Mesquita e Jovenci Xavier de Andrade

Foto: Sergio Lima/AFP
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A CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal estuda ir à Justiça para conseguir ouvir empresários acusados de financiar a invasão bolsonarista à sede dos Três Poderes, em 8 de Janeiro.

Os parlamentares convocaram Adauto Lucio de Mesquita e Jovenci Xavier de Andrade a depor no colegiado, mas desde a segunda-feira 2 tentam intimá-los.

De acordo com as investigações, Mesquita e Andrade teriam transferido dinheiro para contas bancárias dos golpistas e arcado com os custos do transporte que levou os vândalos à Esplanada dos Ministérios no dia do ataque.

A cúpula da CPI suspeita que os empresários estejam ‘fugindo’ da intimação, já que eles não foram encontrados pelos policiais legislativos nos endereços residenciais e profissionais. Por conta disso, o depoimento de ambos, previsto para a última terça-feira, foi remarcado para os dias 13 e 19 de abril.

Como mostrou CartaCapital, o colegiado descarta convocar integrantes do governo Lula (PT) e mira a omissão de militares durante o quebra-quebra na capital federal e o financiadores dos atos.

Além de Mesquita e Andrade, a CPI marcou o depoimento de outras dez pessoas consideradas importantes para a investigação, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o cacique bolsonarista José Acácio Sererê Xavante, preso por ordem do Supremo Tribunal Federal no dia 12 de dezembro.

Outras cinco pessoas estão na lista da comissão, mas ainda não tiveram seus depoimentos agendados: coronel Reginaldo Leitão, coronel Klepter Rosa, coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos, major Cláudio Mendes dos Santos e tenente-coronel Paulo José.

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