‘Abro mão da candidatura presidencial’, diz Moro após filiação ao União Brasil

Segundo dirigente do UB em São Paulo, o ex-juiz da Lava Jato se lançará à Câmara dos Deputados

O ex-juiz Sergio Moro. Foto: Nelson Almeida/AFP

Apoie Siga-nos no

O ex-juiz Sergio Moro abdicou de concorrer à Presidência da República e, segundo aliados, a tendência é de que se lance à disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. Moro assinou sua filiação ao União Brasil nesta manhã, em São Paulo, após deixar o Podemos.

“A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, diz trecho de nota divulgada pelo ex-ministro de Jair Bolsonaro.

A candidatura de Moro à Câmara foi confirmada mais cedo pelo deputado Alexandre Leite, tesoureiro do UB em São Paulo.

“Moro vem para o União com a expectativa de ser um dos deputados mais votados da história do País. Daremos todas as condições para isso”, diz nota assinada pelo dirigente do partido em São Paulo.

O ex-magistrado da Lava Jato se reuniu com o presidente nacional do UB, Luciano Bivar, na segunda-feira 28, e debateu a possibilidade de unificar as candidaturas da chamada terceira via. O UB, criado pela fusão do PSL com o DEM, mantém diálogos com o PSDB e o MDB para tentar apresentar uma candidatura única.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

NILSON CHAVIER 31 de março de 2022 20h56
Moro corre atrás de uma imunidade parlamentar para chamar de sua! Sabe que tem contas a prestar e, como nunca será presidente do país, sai mais barato ser deputado pra buscar, como todo canalha, foro privilegiado

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.