Justiça

Advogado cobra investigação de Valdemar após declarações sobre minutas golpistas

Atentar contra o Estado de Direito é um crime grave e precisa ser apurado, disse a CartaCapital Marco Aurélio de Carvalho, do Prerrogativas

Foto: Mateus Bonomi/Agif/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem de ser investigado por dizer que há minutas de decretos golpistas, como a encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, “na casa de todo mundo”. A avaliação é do advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas.

“Ele preside um partido que elegeu uma bancada bastante expressiva, que se sagrou vencedora dentro das regras democráticas. Então, atentar contra o Estado de Direito, a democracia e a independência dos Poderes é um crime grave e precisa ser apurado”, disse Carvalho a CartaCapital.

Em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta sexta-feira 27, Valdemar ainda afirmou: “Muita gente chegou para mim agora e falou: ‘Pô, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam'”.

Segundo o advogado, o presidente do PL “tinha a obrigação moral, política e jurídica de denunciar, coisa que ele não fez”.

“Ele vulgarizou, dizendo que era uma petição simples e que circulou por todos os espaços onde bolsonaristas circulavam, mas ele não se deu conta, quando tinha obrigação de fazê-lo, da gravidade dos termos veiculados por essas petições.”

Horas depois de publicada a entrevista, Valdemar alegou à CNN Brasil ter recorrido a uma “metáfora ao dizer que todo mundo tinha isso dentro de casa”.

“Porque isso era um negócio que corria dentro do governo, o pessoal comentando ‘olha, recebi uma proposta aqui’. Eu recebia e moía. O Anderson não fez isso. Deve ter acontecido com ele”, justificou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo