Política

AGU pede ao STF a prisão em flagrante de Anderson Torres por atos terroristas em Brasília

O pedido é assinado pelo advogado-geral Jorge Araújo Messias e foi protocolado no âmbito dos inquéritos que investiga os atos antidemocráticos e a divulgação de notícias falsas

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Imagem: MJSP
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A Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, pelo suposto envolvimento nos atos terroristas promovidos por manifestantes bolsonaristas em Brasília neste domingo 8. Torres foi exonerado após a escalada de tensão na capital do País. 

O pedido é assinado pelo advogado-geral Jorge Araújo Messias, e foi protocolado no âmbito dos inquéritos que investiga os atos antidemocráticos e a divulgação de notícias falsas.

“Diante da extrema gravidade do cenário não resta outra alternativa à União, com vistas a manter a ordem democrática e minimizar os prejuízos causados à paz social e ao Estado Democrático de Direito, senão dirigir a Vossa Excelência os requerimentos alinhados ao final desta petição”, escreveu.

No documento, Messias também solicita a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país, e a dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares.

O advogado ainda quer que o STF determine às plataformas de mídias e de redes sociais a interrupção da monetização de perfis e transmissão das mídias sociais que possam promover atos de invasão e depredação de prédios públicos. Além disso, pede que as empresas de telecomunicações guardem por 90 dias registros de conexão que possam identificar os responsáveis pelos atos com base na geolocalização.

Os criminosos bolsonaristas estavam acampados em frente ao QG do Exército na capital federal. Eles conseguiram romper a segurança e penetrar os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.

Algumas horas após a invasão da Praça dos Três Poderes, o presidente Lula (PT) decretou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O petista classificou os atos como fascista.

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