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Alckmin evita comentar futuro do Ministério da Justiça após indicação de Dino: ‘cada coisa no seu tempo’
Com a saída do titular da pasta também começam a ganhar força as discussões a respeito do seu substituto
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O presidente da República em exercício Geraldo Alckmin (PSB) defendeu, durante conversas com jornalistas nesta terça-feira 28, que o governo não deve voltar a discutir a formação de ministérios neste momento. A declaração foi concedida em meio às especulações sobre o futuro do Ministério da Justiça após a indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.
“Não tem que se discutir ministério neste momento, cada coisa no seu tempo. Não tem o que se discutir de ministério agora, cada coisa no seu momento. Agora, a palavra do Senado, depois, a discussão pelo ministério”, afirmou, após evento no Ministério de Desenvolvimento de Indústria e Comércio.
A escolha de Dino para a Corte retomou as discussões sobre um possível fatiamento da pasta para criar o Ministério da Segurança Pública, iniciativa defendida por setores do PT desde o período da transição.
Com a saída do titular da pasta também começam a ganhar força as discussões a respeito do seu substituto.
Alckmin também aproveitou para parabenizar o presidente Lula pelas indicações de Dino e do subprocurador Paulo Gonet Branco, escolhido para comandar a Procuradoria-Geral da República.
“Quero cumprimentar o presidente Lula, que eu acho que marcou dois golaços. Muito bem escolhido, ambos com sólida formação jurídica, experiência e espírito público”, acrescentou o pessebista.
O petista pôs fim a quase dois meses de espera e oficializou as indicações na segunda-feira. Agora, eles precisam ser sabatinados na CCJ do Senado e ter seus nomes avalizados por ao menos 41 senadores.
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