Allan dos Santos volta a descumprir decisão do STF e provocar Moraes: ‘Chora, Xandão’

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos voltou a descumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal que o proíbe de manter perfis ativos nas redes sociais. Na nova conta criada ao final de janeiro – que já conta com 100 mil seguidores – Allan publicou nova mensagem provocativa ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou sua prisão em 2021.

“Chora, Xandão”, escreveu o blogueiro nesta segunda-feira 20 ao mostra uma suposta autorização para trabalhar nos EUA. Não é possível verificar se o documento exibido pelo bolsonarista é verdadeiro. Chama a atenção, porém, o fato de que, para conseguir a autorização, é necessário que o passaporte esteja em dia e o ministro já determinou que o documento de Allan seja cancelado. Na legenda da postagem, o blogueiro torna, ainda, a xingar o ministro do STF de ‘tirano de merda’.

Essa não é a primeira vez que o blogueiro descumpre a ordem de Moraes. Desde que teve sua prisão determinada pelo STF e recebeu a proibição de manter perfis ativos e dar entrevistas, o bolsonarista segue reiteradamente criando perfis secundários. Ele também nunca se apresentou para a Justiça brasileira.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, disseram já ter solicitado a extradição de Allan dos Santos ao Brasil. Os documentos, segundo as autoridades, já foram entregues ao governo norte-americano e o governo brasileiro aguarda a ação.

Enquanto a extradição não ocorre, o blogueiro, que é alvo de dois inquéritos no Brasil – disseminação de fake news e a participação na milícia digital -, é considerado um foragido. A situação, vale lembrar, não gerou grandes transtornos para o blogueiro. Nos EUA, ele já participou de diversos eventos públicos ao lado de autoridades brasileiras, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas entrevistas concedidas, ele alega não estar foragido, diz que todos sabem seu endereço atual e chegou a desafiar o Judiciário brasileiro a prendê-lo no local.