Política
Anderson Torres fica em silêncio durante depoimento à Polícia Federal
A equipe da PF chegou por volta das 10h30 ao 4º Batalhão da Polícia Militar do DF e deixou o local antes das 12h
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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres permaneceu em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal, nesta quarta-feira 18. A informação é da TV Globo.
A equipe da PF responsável pela oitiva chegou por volta das 10h30 ao 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, onde o bolsonarista está preso. Os agentes deixaram o local antes das 12h.
Um relatório obtido pela emissora atesta que Torres dorme em um beliche e tem acesso a uma antessala com sofá e mesa com quatro cadeiras. Ele também conta com um banheiro e um alojamento adjacente, no qual há um frigobar. O documento ainda revela a autorização para a instalação de micro-ondas e TV no local.
Torres foi preso na manhã do último sábado, ao retornar dos Estados Unidos, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A ordem de prisão foi publicada em 10 de janeiro, dois dias depois de bolsonaristas praticarem atos de terrorismo em Brasília. A decisão de Moraes foi, posteriormente, chancelada pelo plenário do STF. O documento menciona “descaso e conivência” de Torres “com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no Distrito Federal”.
O comportamento de Torres, afirmou Moraes, “só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do Governador do DF, Ibaneis Rocha”. O emedebista foi afastado do cargo por 90 dias ainda na noite do domingo 8, também por decisão de Moraes, confirmada pelo plenário.
Na mesma ordem contra Torres, o magistrado determinou a prisão de Fabio Augusto Vieira, que estava no cargo no dia dos ataques.
“Absolutamente nada justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Comandante Geral da Polícia Militar”, diz o despacho do ministro do STF. “Os comportamentos de Anderson Torres e Fábio Vieira são gravíssimos e podem colocar em risco, inclusive, a vida do Presidente da República, dos Deputados Federais e Senadores e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.”
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