O pedido de demissão do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Levi, leva a mais uma mudança no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro.
O ministro da Justiça, André Mendonça, deixará o cargo e voltará ao comando da AGU, posto que ocupava até abril do ano passado, quando foi escolhido para substituir Sergio Moro.
Levi foi o terceiro integrante da primeira prateleira a deixar o governo no mesmo dia: primeiro, Ernesto Araújo pediu demissão do Ministério das Relações Exteriores; depois, o general Fernando Azevedo e Silva foi retirado do Ministério da Defesa por Bolsonaro.
Uma das explicações para a saída de Levi da AGU é a tentativa de Bolsonaro, deflagrada na semana passada, de suspender no Supremo Tribunal Federal as medidas de três estados contra a disseminação da Covid-19.
Na ocasião, a Ação Direta de Inconstitucionalidade foi rejeitada pelo ministro Marco Aurélio Mello, que criticou o fato de ela ter sido assinada pelo próprio Bolsonaro, e não pela AGU.
André Mendonça é pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, e pós-graduado em direito pela Universidade de Brasília. Antes de assumir a AGU, ele trabalhou como corregedor-geral do órgão, entre 2016 e 2018.
Assumirá a Justiça o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Veja como ficam as pastas após as alterações desta segunda:
• Casa Civil da Presidência da República: General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira;
• Ministério da Justiça e Segurança Púbica: Delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres;
• Ministério da Defesa: General Walter Souza Braga Netto;
• Ministério das Relações Exteriores: Embaixador Carlos Alberto Franco França;
• Secretaria de Governo da Presidência da República: Deputada Federal Flávia Arruda;
• Advocacia-Geral da União: André Luiz de Almeida Mendonça.
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