Antibolsonarismo e antidorismo são maiores que o antipetismo, diz Haddad

O pré-candidato do PT não vê uma tendência de acordo com o PSB por uma candidatura única ao governo de São Paulo

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Foto: Nelson Almeida/AFP

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O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, disse não haver tendência de acordo entre seu partido e o PSB pelo lançamento de um único nome à disputa. Os socialistas mantêm a pré-candidatura de Márcio França.

Em sabatina realizada pela Folha de S.Paulo e pelo UOL nesta sexta-feira 6, Haddad também minimizou o impacto do antipetismo no estado.

“A tendência é de manutenção das duas candidaturas, porque nós estamos tentando desde agosto negociar. Respeito muito a candidatura do Márcio, nunca coloquei a questão da retirada da candidatura dele”, disse Haddad, que lidera as pesquisas de intenção de voto, enquanto França aparece na segunda posição.

Segundo o ex-prefeito da capital paulista, o antipetismo não representará uma dificuldade extra para que ele vença a eleição em outubro, derrotando, por exemplo, o tucano Rodrigo Garcia (que assumiu o governo após a renúncia de João Doria) e o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“O antibolsonarismo hoje é muito maior (que o antipetismo). Lula é o candidato menos rejeitado no Brasil, inclusive em São Paulo. O que existe hoje é um antibolsonarismo e um antidorismo. Doria e Bolsonaro são muito mais rejeitados do que o PT.”

Um levantamento do Paraná Pesquisas divulgado no fim de abril mostra que Haddad lidera todos os cenários da corrida para o governo paulista. No principal desenho, o petista alcança 29,7% das intenções de voto. Na sequência, aparecem França, com 18,6%, Tarcísio, com 15,2%, e Garcia, com 5,6%.


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