Política
Após novos ataques infundados de Bolsonaro, Lira segue Pacheco e defende o sistema eleitoral
‘Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas’, afirmou o presidente da Câmara, aliado do ex-capitão
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/09/Sem-Título-1.jpg)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta quinta-feira 28 o sistema eleitoral brasileiro, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro voltar a fazer insinuações infundadas sobre o processo.
Pelas redes sociais, Lira – aliado de Bolsonaro e um dos líderes do Centrão – afirmou que o processo eleitoral no País “é uma referência”. E emendou: “Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir – sem tensionamentos – para as eleições livres e transparentes”.
Horas antes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse não ter “cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”. Ele afirmou que as urnas eletrônicas são “confiáveis” e que a Justiça Eleitoral é “eficiente”.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu Pacheco nas redes.
Na quarta-feira 27, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro insinuou a possibilidade de fraude nas eleições de 2014, hipótese já descartada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Também declarou ser preciso ter a participação das Forças Armadas para que a haja “confiança” no sistema eleitoral.
No evento, dedicado a uma suposta defesa da liberdade de expressão por ocasião da condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) pelo Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro lembrou, em uma menção ao ministro Luís Roberto Barroso, que comanda as forças de segurança.
“Eles convidaram as Forças Armadas a participar do processo. Será que ele se esqueceu de que o chefe das Forças Armadas se chama Jair Messias Bolsonaro?“, perguntou. “Nos convidaram? Nós não seremos moldura. Não iremos para lá para bater palmas.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Carmen-300x180.jpg)
STF derruba decreto de Bolsonaro e restabelece participação da sociedade civil em fundo ambiental
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/04/randolfe_lula_rede-300x180.jpg)
‘Mimimi de medroso’, diz Randolfe sobre ameaças de Bolsonaro com as Forças Armadas
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/04/52033787254_55c91ca53f_b-300x214.jpg)
Lula ironiza ameaças de Bolsonaro e diz que o povo dará em outubro ‘um golpe no fascismo’
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/09/fabiofaria-300x180.jpg)