Política

Após revelações de Freire Gomes, PF vai colher novo depoimento de Mauro Cid; saiba a data

Ex-comandante do Exército teria confirmado reunião de Bolsonaro com militares para tratar de minuta golpista; caberá a Cid fornecer outros elementos sobre o encontro

O tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, vai depor à Polícia Federal (PF) na próxima segunda-feira 11, em Brasília (DF).

No depoimento, confirmado hoje pela corporação, Cid será instado a dar detalhes sobre informações fornecidas pelo ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, que depôs à PF na última sexta-feira 1.

Segundo as primeiras apurações a respeito do depoimento de Freire Gomes, ele teria confirmado aos investigadores que Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, apresentaram dois documentos com uma minuta de golpe.

A oitiva de Cid faz parte do acordo de colaboração premiada que ele celebrou com a PF, que determina que ele deve voltar a dar depoimentos quantas vezes forem necessárias.

O acordo foi firmado quando Cid ainda estava preso por conta do caso que investiga se houve fraude nos cartões de vacina contra Covid-19 da família Bolsonaro. 

Os termos de colaboração premiada foram homologados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para a próxima, o depoimento deverá passar por duas questões que estão sob investigação: a suposta trama golpista no governo Bolsonaro e o suposto uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos do ex-presidente, magistrados e jornalistas.

No caso da apuração sobre se houve a trama para um golpe de Estado, os investigadores também deverão buscar a versão de Cid sobre as revelações feitas pelo ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior. 

Em depoimento à PF, Baptista Júnior teria confirmado que presenciou reuniões de teor golpista no governo Bolsonaro.

Figuras envolvidas no caso, como o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o próprio Bolsonaro, negam que um plano de golpe tenha sido gestado no governo anterior.

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