Política
Após sair do União Brasil, Waguinho se filia ao Republicanos
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro – esposa do prefeito de Belford Roxo -, pediu ao TSE uma autorização para se desvincular do UB
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/04/Sem-Título-13.jpg)
O prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, conhecido como Waguinho, deixou o União Brasil e se filiou nesta segunda-feira 10 ao Republicanos. Ele também foi anunciado como o novo presidente estadual da legenda.
“Acredito que o Republicanos é um partido que está comprometido com a busca por um estado mais justo e igualitário para todos”, disse o prefeito em nota. “Minha meta é continuar lutando por políticas públicas que melhorem a vida das pessoas, especialmente aquelas que mais precisam de apoio e oportunidades.”
O movimento se concretiza no dia em que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro – esposa de Waguinho -, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral uma autorização para se desvincular do União Brasil. O partido ainda controla, direta ou indiretamente, as Comunicações e o Desenvolvimento Regional no governo Lula.
O processo encabeçado por Carneiro foi protocolado no TSE em 6 de abril e está sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Também pedem desfiliação do UB por justa causa os deputados Chiquinho Brazão, Dani Cunha, Juninho do Pneu, Ricardo David e Marcos Soares, todos do Rio de Janeiro.
Os parlamentares sustentam que o presidente do partido, Luciano Bivar, chegou a bloquear senhas do diretório estadual, o que inviabilizaria a participação em convenções municipais. Segundo a ação, “tal conduta não passa de sorrateira manobra política, para centralizar o poder partidário em si e seus asseclas”.
A alegação é de que a cúpula da sigla também recorre a “expedientes autoritários” em outros estados. A peça ainda mira o vice-presidente Antonio Rueda.
“A grave discriminação política-pessoal decorre da tentativa de afastar os deputados do convívio partidário, mediante promessa de expulsão em decorrência de seu posicionamento, especialmente considerando os insultos e ameaças perpetradas pelo Vice-Presidente contra os requerentes, por apenas defenderem uma condução pautada na democracia intrapartidária”, diz o texto.
Outra tentativa é fazer com que as desfiliações sejam acompanhadas pela perda de parte do tempo de TV e do fundo partidário do União Brasil.
“Permitir a manutenção desses recursos com o partido transgressor, significa, além de premiar essa atuação antidemocrática, capacitar esses dirigentes com ainda mais poder para seguirem com a nefasta prática de gestão, em manifesta oposição ao princípio da razoabilidade, além de afrontosa ao sistema representativo.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.