Política
Após ser alvo da PF, irmão de criação de Castro renuncia a cargo no governo do Rio
Vinícius Sarciá Rocha era presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Rio
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O irmão de criação do governador Cláudio Castro (PL) renunciou, na terça-feira 23, ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Rio.
A decisão de Vinícius Sarciá Rocha acontece um mês após ele ser alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal em uma investigação sobre possíveis fraudes em programas assistenciais do estado. A diligência foi executada em 20 de dezembro.
Segundo a PF, “foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”.
No dia das buscas, os agentes apreenderam 128 mil reais e 7,5 mil dólares em espécie na casa de Sarciá. Uma parte do dinheiro foi encontrada em uma caixa de remédios. Os agentes também identificaram anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens. A defesa argumenta que o dinheiro foi declarado à Receita Federal.
Também foram alvo de buscas a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e o diretor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Borges Nogueira. Cláudio Castro não foi alvo de buscas, mas é investigado.
A operação da PF, batizada de Sétimo Mandamento, é um desdobramento da Operação Catarata, do Ministério Público do Rio de Janeiro, que apurava em 2020 um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, órgão responsável por políticas de assistência social.
De acordo com o Diário Oficial do Estado nesta quarta 24, o vice-presidente Tales José do Coutto Boiteux assume interinamente o comando da Agência de Fomento do Rio.
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