Após ser demitido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltas injustificadas, Abraham Weintraub afirmou nesta quarta-feira 7 que vai recorrer da decisão. O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) fez ainda críticas à Lula e ao PT.
Em uma transmissão ao vivo, Weintraub chamou a Controladoria-Geral da União de “CGU de Lula” e afirmou que a decisão se tratava, na verdade, de uma perseguição política por parte do presidente e do PT.
Weintraub afirmou que irá recorrer judicialmente da decisão que o tornou inelegível para continuar com o seu projeto eleitoral. Ele se lançou “pré-candidato” de forma independente, algo vedado pela legislação brasileira.
Segundo ele, o devido processo legal não foi respeitado e seu advogado não foi intimado antes da publicação da sua demissão no Diário Oficial da União (DOU).
Além da perda do cargo, a CGU ainda determinou a sua inelegibilidade pelo prazo de 8 anos, para cargos efetivos e em comissão ou ainda em funções de confiança no Poder Público.
Entenda a decisão da CGU
A demissão de Weintraub vem de uma investigação interna na universidade por faltas injustificadas.
Segundo o Portal da Transparência, o ex-ministro era professor do ensino superior desde 2014, com obrigação de cumprimento de carga horária de 40 horas semanais.
A apuração, aberta em abril de 2023 a partir de uma denúncia na ouvidoria da instituição, apontou que o ex-ministro se ausentou diversas vezes de suas funções, sem justificativas. Desde 2023, os salários de Weintraub estão suspensos.
A mulher dele, Daniela Weintraub, também foi alvo de apurações internas da Unifesp por faltas injustificadas.
Em uma live no Youtube, em agosto de 2023, o ex-ministro afirmou que ele e a esposa se afastaram da universidade no final de 2018.
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