Política
Aras é cobrado durante férias em Paris: ‘Vamos investigar o bolsolão do MEC?’; veja vídeo
Questionada, a PGR disse que Aras ‘está em férias regulares’ e não dará detalhes “por uma questão de segurança”.
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi interpelado nesta segunda-feira na capital francesa Paris enquanto passeava com a família pela cidade, onde passa férias. Um grupo de brasileiros reconheceu o PGR e cobrou investigações sobre as suspeitas de corrupção no Ministério da Educação (MEC) e a compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas, o que é apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Um vídeo divulgado pelo portal Metrópoles, e compartilhado nas redes sociais, mostra Aras caminhando de óculos e máscara em Paris quando é questionado por brasileiros.
“Dar rolezinho em Paris é legal. E abrir processo, procurador? Vamos lá investigar, procurador? Ou vai continuar engavetando?”, indaga um deles.
Sem resposta ou reação de Aras, o brasileiro insiste, enquanto grava a cena:
“Vamos investigar lá o bolsolão do MEC, pastor fazendo reunião, vamos investigar o Bolsonaro gastando milhões em Viagra do Exército. Cadê a investigação, procurador? Aqui em Paris não tem nada para encontrar, não. Pode deixar que a gente procura. Tem que procurar lá em Brasília”, afirmou.
De férias em Paris, Aras é cobrado: “Vamos investigar o MEC?”https://t.co/D65qh3YQbo pic.twitter.com/AWYPl5ocDj
— Guilherme Amado (@guilherme_amado) April 19, 2022
Questionada, a PGR disse que Aras “está em férias regulares” e não dará detalhes “por uma questão de segurança”.
Denúncias sobre a atuação de pastores como lobistas do MEC resultaram na exoneração de Milton Ribeiro do comando da pasta. De acordo com as acusações, Gilmar Santos e Arilton Moura atuavam para facilitar o acesso de prefeitos a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina.
Em março, Aras pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Ribeiro. A solicitação foi feita após um áudio do ex-ministro, divulgado pela Folha de S. Paulo, indicar que o governo priorizava prefeituras que negociavam a liberação de verba diretamente com os religiosos, que não tinham cargo no ministério.
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