Política

‘Bastante agressiva’, diz Bolsonaro ao reclamar de carta do presidente da Anvisa

O ex-capitão voltou a questionar supostas ‘segundas intenções’ da Agência na vacinação de crianças contra a Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro disse que ficou surpreso com a “carta agressiva” do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antônio Barra Torres, sobre suposta prática de corrupção relacionada à vacinação de crianças a partir de cinco anos de idade. Segundo o chefe do Planalto, não havia “motivo” para que o contra-almirante divulgasse aquela manifestação.

Bolsonaro se referiu ao texto em que foi cobrado por Barra Torres a se retratar após ter questionado “o interesse da Anvisa” por trás da aprovação da imunização de crianças contra a Covid-19.

“Me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva, não tinha motivo para aquilo”, disse Bolsonaro à emissora Jovem Pan News, nesta segunda-feira 10. “Eu falei o quê que tá por trás do que a Anvisa vem fazendo. Ninguém acusou ninguém de corrupto. Por enquanto não tem o que fazer no tocante a isso aí.”

Na sequência, Bolsonaro lembrou que foi o responsável pela indicação de Barra Torres à presidência da Anvisa e disse que ambos haviam conversado sobre a vacinação de crianças.

“Não precisava agir daquela maneira. A conversa que eu tive com ele antes era sobre vacinação de crianças. Esse é o assunto que eu discuti com ele”, afirmou. “A Anvisa não sofre interferência, é um órgão independente, mas acredito que o trabalho poderia ser diferente.”

O ex-capitão declarou que “nenhum órgão está livre de corrupção” e voltou a questionar a Anvisa pelo que chamou de “sanha vacinatória”.

“Repito: o quê que tá por trás, quais as segundas intenções, quais outras intenções da Anvisa? Não houve da minha parte nenhuma acusação, a palavra ‘corrupção’ não saiu em nenhum momento. E ele resolveu fazer uma nota bastante agressiva”, completou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo