Um suspeito de participação na tentativa de explodir um caminhão-tanque em Brasília no fim de 2022 se entregou nesta terça-feira 17 em uma delegacia de Comodoro (MT). Alan Diego dos Santos era procurado desde dezembro por envolvimento na instalação de um artefato explosivo próximo ao aeroporto da capital federal.
Em 10 de janeiro, a Justiça do Distrito Federal aceitou uma denúncia contra Alan, George Washington de Oliveira Sousa e Welllington Macedo de Souza. Eles responderão pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de três a seis anos de prisão e multa. As acusações de terrorismo tramitam na Justiça Federal.
O trio foi identificado após a prisão de Sousa. Ele admitiu, em depoimento, ter participado de um plano para provocar as Forças Armadas a decretarem “estado de sítio” e realizarem uma intervenção militar, o que é inconstitucional.
Segundo a denúncia, os três montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível por Macedo.
Wellington Macedo foi candidato a deputado federal pelo PTB nas eleições de 2022. Em uma rede social, dizia ser “fundador da Marcha da Família Cristã pela Liberdade”. Ele estava em prisão domiciliar e é considerado foragido após retirar, de forma ilegal, a tornozeleira eletrônica que usava.
O bolsonarista já havia sido preso pela Polícia Federal em setembro de 2021, suspeito de articular e financiar um ato antidemocrático no 7 de Setembro daquele ano. Em outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a libertação do jornalista, por entender que não havia mais justificativa para a manutenção da prisão, uma vez que o Dia da Independência já havia passado. O magistrado, então, determinou que Macedo ficasse em prisão domiciliar, com uma tornozeleira eletrônica.
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