Política

Bolsonaristas que tentaram invadir sede da PF para ‘resgatar’ cacique golpista são alvos de operação policial

Tentativa de invasão na sede da corporação em Brasília, em 12 de dezembro de 2022, foi apontada como um dos atos preparatórios para o 8 de Janeiro

Foto: Evaristo Sá/AFP
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A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira 29, a segunda fase da Operação Nero, que visa investigar envolvidos na tentativa de invasão do Edifício-Sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro de 2022.

Ao todo são cumpridos quatro mandados judiciais de busca e apreensão, em Rondônia, São Paulo e no Distrito Federal. O nome dos investigados não foram revelados.

As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que investiga os atos antidemocráticos.

Em 12 de dezembro, bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF para resgatar o indígena Cacique José Acácio Serere Xavante, detido no local sob suspeita de atentar contra à democracia.

Além disso, os golpistas ainda causaram diversos atos de vandalismo pelo Distrito Federal, depredando uma delegacia de polícia e incendiando ônibus e veículos particulares.

A tentativa de invasão foi apontada como um dos atos preparatórios para o 8 de Janeiro.

Os investigados podem responder pelos crimes de dano, incêndio contra patrimônio público e privado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas somadas pelos crimes podem chegar a 34 anos de prisão.

A operação ocorre no mesmo dia em que três financiadores do 8 de Janeiro foram presos pela corporação em outra operação. Trata-se, nesse caso, da 25ª fase da Lesa Pátria.

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