Bolsonaro confirma fusão das pastas da Agricultura e do Meio Ambiente

Após reunião sobre transição de governo, futuros ministros do presidente eleito garantiram também criação de "superministério" da Economia

Futuros ministros de Bolsonaro, Lorenzoni e Guedes confirmaram as fusões

Apoie Siga-nos no

Após a primeira reunião sobre a transição de governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou por meio de seus dois futuros ministros, Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes, a fusão dos ministério da Agricultura e do Meio Ambiente e a criação de um superministério da Economia. 

Guedes deve comandar um único ministério que irá fundir as pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior. 

Leia também:
Moro se diz ‘honrado’ com convite de Bolsonaro e promete pensar
Pressa faria Guedes abrir mão de sua proposta para a Previdência?

Ao longo da campanha, Bolsonaro chegou a recuar das duas propostas. 

A fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente é alvo de crítica de diversos ambientalistas, já que são pastas com preocupações diametralmente opostas. 

Durante a campanha, a equipe técnica do PSL rejeitou a fusão das pastas do Meio Ambiente e da Agricultura, bem como a retirada do Acordo de Paris. Dois dias depois, no entanto, Bolsonaro reafirmou a ideia de unificação em entrevista a Rede Record. 


Cotado para assumir o ministério, Luiz Antonio Nabhan Garcia esteve com o candidato no dia 24 de outubro e, após a reunião, afirmou que a fusão poderia ser revista, caso fosse essa a “vontade da maioria da sociedade brasileira”.

Em entrevista recente, Bolsonaro admitiu ainda que poderia manter em separado o Ministério da Indústria e Comércio Exterior por causa de críticas do setor. Guedes chegou a ser questionado sobre essa possibilidade após a reunião desta terça-feira 30. “Nós vamos salvar a indústria brasileira apesar dos industriais”, rebateu. 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.