O presidente Jair Bolsonaro confirmou o convite ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) para ocupar o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. A nomeação foi confirmada em entrevista à rádio Banda B nesta quinta-feira 22 e, segundo o presidente, deve acontecer na próxima segunda-feira 26.
“A princípio é ele [Ciro Nogueira]. Conversei e ele aceitou. Ele está em recesso, chega em Brasília segunda-feira, eu converso com ele e acertamos os ponteiros”, afirmou Bolsonaro.
Na resposta anterior dada à rádio, o presidente tinha afirmado apenas que seria um senador a ocupar o cargo mais importante de seu governo. A opção por um congressista seria para ‘melhorar o diálogo com o parlamento’, de acordo com Bolsonaro.
Na entrevista, o presidente também confirmou as informações de que o general Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, e Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral, serão realocados em outros ministérios, como divulgado na quarta-feira 21.
“General Ramos continua sendo ministro palaciano, vai para a Secretaria-Geral. E o Onyx, que eu chamo de Coringa, vai para um novo ministério”, explicou.
O outro ministério ao qual se refere é do Emprego e Previdência, extinto no início do governo e que será recriado na semana que vem para abrigar Onyx.
A recriação da pasta indica mais uma quebra de promessa de campanha de Bolsonaro. Antes de assumir, ele garantiu que reduziria para 15 o número de ministérios, atualmente são 23.
Essa será a segunda pasta recriada para abrigar um aliado do Centrão, a primeira foi a volta do Ministério das Comunicações, ocupada por Fábio Farias (PSD-RN).
Na conversa, Bolsonaro se justificou dizendo que a recriação não representa um aumento: “Não vai ser aumentado o número de ministérios, como o Banco Central perdeu esse status há dois meses, nós restabelecemos 23 ministérios”.
O presidente ainda minimizou a entrevista dada por Luiz Eduardo Ramos ao Estadão após a divulgação de que seria demitido da Casa Civil. O ministro disse ter sido ‘atropelado por um trem’ com a informação de que deixaria o cargo.
“Na área militar é assim, a gente costuma tomar decisões sem ouvir muita gente. Ele usou uma força de expressão, o trem seria se ele saísse do ministério e ele continua sendo ministro”, destacou.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login