Política

Bolsonaro diz que levará Moro ao Maracanã para avaliar popularidade

Para o presidente, caberá ao povo dizer quem está certo sobre os novos vazamentos envolvendo o ministro da Justiça

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Após os novos vazamentos desta sexta-feira 5, que mostram o ex-juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, trocando informações com integrantes do Ministério Público Federal, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou sobre o caso em um evento que aconteceu em Brasília.

Para medir o apoio ao atual ministro da Justiça, Bolsonaro decidiu utilizar uma maneira nada convencional. O presidente disse que no próximo domingo 7 pretende ir ao estádio do Maracanã, assistir à final da Copa América, e vai levar Moro com ele. “Se for possível e a segurança me permitir, iremos ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não”, afirmou.

Para o presidente, “caberá ao povo dizer quem está certo”.

 

Os vazamentos divulgados nesta sexta-feira foram feitos pela Veja, em parceria com o site The Intercept Brasil. Segundo a revista, a sua equipe jornalística “mergulhou” no conteúdo e analisou 649.551 mensagens e comprovou a veracidade das informações, que tornam o caso ainda mais grave.

O conteúdo vazado pela revista, em parceria com o site The Intercept Brasil, mostra que Moro era o condutor das denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Além disso, diálogos mostram que decisões foram tomadas antes mesmo de serem apresentadas, o que revela uma relação promíscua entre acusadores e o julgador.

Ainda para a revista Veja, o conteúdo dos diálogos vazados é suficiente para a suspeição de Sérgio Moro e a anulação de todos os seus atos no processo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo