Política

Bolsonaro e filhos não se manifestam sobre as 100 mil mortes por covid-19

Na data, presidente preferiu parabenizar o Palmeiras pela conquista do Campeonato Paulista

Presidente da República Jair Bolsonaro, durante Solenidade de transmissão do cargo de Comandante Militar do Sul. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Até a manhã deste domingo 9, o presidente Jair Bolsonaro e os filhos Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não se manifestaram sobre as 100 mil mortes decorrentes da covid-19 no Brasil.

Ativa nas redes sociais, a família do presidente apenas republicou uma postagem da Secretária de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) que enaltecia o número de recuperados.

No Twitter, o presidente e o senador Flávio repostaram a publicação.

Já o deputado federal Eduardo preferiu responder ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.

No último sábado 8, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),  o país chegou aos 100.477 óbitos e ultrapassou a marca dos 3 milhões de casos confirmados.

Fonte: Conass

Na data, o presidente parabenizou o Palmeiras pela conquista do Campeonato Paulista.

Ao contrário de Bolsonaro e filhos, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decretaram luto oficial de três dias no Congresso Nacional.

O Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, seguiu o exemplo e também decretou luto oficial de três dias.

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, divulgou uma nota oficial.

“O Ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, lamenta profundamente por cada vida perdida na pandemia da covid-19. Não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social”, diz nota do Ministério sem mencionar o número de óbitos.

“Tocar a vida”

Na última quinta-feira 6, em uma live no Facebook, o presidente voltou a insinuar que o número de mortes por coronavírus no País pode ter sido inflado.

Sem citar a fonte das informações, o presidente disse saber de casos em que médicos apontam o coronavírus como a causa de óbitos mesmo em casos não confirmados.

Na ocasião, Bolsonaro, que estava acompanhado do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse lamentar as mortes, “mas vamos tocar a vida e tentar achar uma maneira de se safar desse problema”.

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