Bolsonaro e Michelle pedem novamente ao STF acesso ao depoimento de Mauro Cid

O casal recorreu da decisão do ministro Alexandre de Moraes; delação firmada pelo tenente-coronel com a PF está no centro da negativa

(Foto: Evaristo SA/AFP)

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro protocolou um recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de negar o acesso ao depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal no caso das joias.

O casal pediu ao STF uma cópia de todos os depoimentos prestados à PF em 31 de agosto no âmbito da investigação sobre um suposto esquema de desvio de presentes recebidos pelo governo do ex-capitão. A negativa de Moraes tem relação com a delação premiada firmada entre Cid e a PF.

Agora, a defesa de Bolsonaro e Michelle diz ao STF que acessar a íntegra da investigação seria necessário para assegurar o direito à ampla defesa e ao contraditório. O argumento é que o sigilo imposto à delação “não pode se estender aos depoimentos prestados antes da celebração do pacto colaborativo”.

Em 31 de agosto, o casal ficou em silêncio no depoimento à PF, sob a alegação de que o Supremo não seria o foro adequado para investigar o caso das joias. O advogado Fabio Wajngarten e o ex-assessor Marcelo Câmara também não responderam aos questionamentos dos policiais.

Também prestaram depoimento:

  • Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
  • Mauro Lourena Cid: general da reserva e pai de Mauro Cid;
  • Frederick Wassef: advogado de Bolsonaro; e
  • Osmar Crivellati: ex-assessor de Bolsonaro.

Moraes autorizou o acesso de Bolsonaro e Michelle aos depoimentos de Lourena Cid, Crivelatti e Wassef.


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