Política

Bolsonaro inicia campanha com discurso de ‘bem contra o mal’ e citação à Venezuela

Presidente se encontrou com religiosos em Juiz de Fora (MG), cidade onde foi vítima de um ataque a faca na eleição de 2018

Imagem: Reprodução
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No primeiro dia de campanha oficial, o presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou o discurso ideológico contra países que têm governos de esquerda durante encontro com religiosos em Juiz de Fora (MG), cidade onde foi vítima de um ataque a faca na eleição de 2018.

No evento, o ex-capitão classificou a eleição deste ano como uma “batalha” que opõe, em suas palavras, o “bem contra o mal”.

“Nós sabemos nos países com viés de esquerda para onde vai a sua população”, afirmou o presidente nesta terça-feira 16 na cidade mineira. “Pregam o paraíso de justiça social e a igualdade, mas a realidade é bem diferente. Eles levam todos à igualdade da miséria”.

Bolsonaro ainda citou diretamente a Venezuela e a Nicarágua como exemplos de países que podem ser reflexo do que o Brasil pode virar, em sua avaliação.

“Na Venezuela o povo perdeu a liberdade por escolhas erradas. O preço é muito alto”, disse. “Vocês sentiram um pouquinho da ditadura na pandemia”.

No discurso, o presidente ainda elogiou as medidas do seu governos nos quatro anos de mandato e citou as dificuldades que enfrentou ao assumir o comando do País.

“O Brasil estava à beira de um colapso, com problemas éticos, morais e econômicos, e marchava a passos largos para o socialismo”, declarou. “Estamos vencendo e temos uma batalha enorme pela liberdade”.

Bolsonaro, embora tenha enfatizado as questões ideológicas, também mencionou o que chama de recuperação econômica. “A economia estamos recuperando. Único país do mundo com deflação, empregos aparecendo. Próximo mês entraremos na casa dos 8% [ de desemprego]”.

Com o discurso, o presidente busca ganhar terreno nas pesquisas eleitorais que apontam para o favoritismo do ex-presidente Lula (PT). De acordo com levantamento do Ipec, divulgado na segunda-feira 15, o petista tem uma vantagem de 12 pontos sobre Bolsonaro.

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