Política

Bolsonaro insinua que STF vai derrubar Lula para Alckmin assumir a Presidência

Em entrevista coletiva, o presidente atacou Alexandre de Moraes e disse que o vice na chapa do petista é próximo do magistrado

Foto: EVARISTO SA / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro (PL) insinuou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, quer a vitória do ex-presidente Lula (PT) para que o vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), chegue ao poder em caso de impeachment do petista.

“Por que muitos preferem o Lula? Alguns até do Supremo. Porque vai ser marionetado,  mandado e vai ter rabo preso”, afirmou Bolsonaro nesta sexta-feira 7 em coletiva de imprensa ao lado do apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena. “E que vontade de cassar o Lula, se ele chegar, para o Alckmin, amigo íntimo de Alexandre de Moraes, assumir o governo”.

Antes de assumir uma cadeira no STF indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) em 2017, Moraes foi o titular a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo em governos do PSDB. Ele também ocupou cargos na Prefeitura da capital paulista na gestão de Gilberto Kassab. Em 2016, foi escolhido ministro da Justiça.

Bolsonaro disse ainda que o magistrado tenta desgastar a sua imagem no período eleitoral. “É o tempo todo usando a caneta para fazer maldade, para me tirar de combate e me desgastar”.

O presidente voltou a atacar a decisão de Moraes de quebrar o sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens do ex-capitão.

“Já desafiei o Alexandre de Moraes, que vazou a quebra do sigilo do meu ajudante de ordens. É um crime o que esse cara fez”, esbravejou. “Moraes, mostre o valor das movimentações [financeiras da Michelle]. Tenha caráter. Você está ajudando a enterrar o Brasil”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo