CartaExpressa
Bolsonaro ironiza condenação pelo 7 de Setembro e diz que Moraes quer alijá-lo da política
“No momento, ele [Moraes] está tendo vitória, mas tudo nessa vida é dinâmico”, disse o ex-capitão no litoral paulista nesta sexta-feira 3
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/06/000_33KM3HZ.jpg)
Depois de sofrer mais um revés no Tribunal Superior Eleitoral na última semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ministro do STF Alexandre de Moraes tem a intenção de alijá-lo da política e que, por enquanto, o magistrado está sendo vitorioso. As declarações foram dadas nesta sexta-feira 3, durante conversa com jornalistas em Santos (SP).
O ex-capitão fez a fala enquanto se referia à segunda condenação sofrida na Justiça Eleitoral por abuso político nas eleições de 2022. Desta vez, Bolsonaro e o general Walter Braga Netto (então candidato a vice-presidente) foram punidos por utilizar a cerimônia do Bicentenário da Independência, em 7 de Setembro do ano passado, para se beneficiar politicamente.
“A gente está vendo qual a estratégia nossa [para recorrer ao TSE], se bem que não tem estratégia. Estratégia é o que o Alexandre de Moraes quer. E a gente sabe o que ele quer. É me alijar da política”, declarou. “No momento, ele [Moraes] está tendo vitória, mas tudo nessa vida é dinâmico“.
Moraes, além de ministro do Supremo, é também presidente da Corte Eleitoral. Também conduz inquéritos que miram diretamente Bolsonaro e seus aliados mais próximos em apurações que vão desde um suposto desvio de presentes oficiais, à utilização da Presidência para estimular atos antidemocráticos.
Questionado sobre a decisão mais recente do TSE, Bolsonaro ironizou a condenação. “Realmente, o Alexandre de Moraes ficou apavorado com milhares de pessoas do Brasil todo nas ruas [no 7 de Setembro]”, afirmou o ex-presidente, que ainda continuou a criticar o magistrado. “Ele, inclusive, debocha. Um juiz não pode agir dessa maneira”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/11/CAPA-para-matéria-1064-×-614-px-16-300x173.png)
PF investiga uso da Abin para produção de dossiês sobre adversários de Bolsonaro, diz site
Por Wendal Carmo![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/11/CAPA-para-matéria-1064-×-614-px-17-300x173.png)
‘Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras’, defende Lula em reunião com ministros
Por Wendal Carmo![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Gás-de-cozinha-Foto-Agência-Brasil-300x181.png)
Privatizada por Bolsonaro, Refinaria da Amazônia vende gás de cozinha 72% mais caro que Petrobras
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/10/53231928594_a26d40ba7e_k-2-300x173.jpg)
A posição de Haddad após reunião com o relator da Reforma Tributária
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/04/saneamento7-300x225.jpg)