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Bolsonaro promove mudança à força no MEC e por interesses na Petrobras

As ambições reeleitorais e as pressões de integrantes da bancada evangélica pesaram nas decisões

De cavalo, a pé ou de barco, Bolsonaro só pensa em chegar competitivo em outubro - Imagem: Alan Santos/PR
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O general da reserva Walter Braga Netto assinou uma espantosa mensagem em 30 de março para os quartéis festejarem o golpe militar de 1964 e, no dia seguinte, o da conclusão desta reportagem, deixaria o Ministério da Defesa, a fim de estar apto a ser vice de Jair Bolsonaro na eleição. Depois do golpe (ele não usa essa palavra, claro), diz a nota, o Brasil viveu um “período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político, que resultou no restabelecimento da paz no País, no fortalecimento da democracia”.

No mesmo dia, Braga Netto assinou um decreto de aumento salarial para milicos, outro mimo de Bolsonaro às Forças Armadas, sócias no governo. O escolhido para ser seu sucessor na Defesa, caso a troca se confirmasse, era o chefe do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira. Como diz o coronel da reserva Marcelo Pimentel de Souza, os militares recuperaram em 2018 o Ministério da Defesa, criado em 1999 para um civil mandar nas tropas, e não querem devolver.

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