Bolsonaro veta a suspensão da prova de vida para aposentados e pensionistas do INSS

Prova de vida deixou de ser obrigatória durante a pandemia, mas presidente justificou que estender o prazo pode levar a pagamentos indevidos

Agência do INSS. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Apoie Siga-nos no

Nesta sexta-feira 3, o presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que determina medidas alternativas para os beneficiários da Previdência Social durante estado de calamidade pública, provocado pela pandemia da Covid-19. 

O presidente, contudo, vetou o principal dispositivo do projeto de lei, que suspendia a necessidade da prova de vida para aposentados e pensionistas até dia 31 de dezembro. 

O procedimento está suspenso desde o início da pandemia, em março de 2020, como medida de segurança para os segurados. A prova de vida voltou a ser exigida em junho deste ano. 

A comprovação para garantir o recebimento dos valores deve ser feita anualmente. 

O presidente justificou o veto afirmando que “o estado de emergência em saúde pública, gerado pela pandemia, não é motivo para suspender a prova de vida. Segundo ele, existem diversos meios para a realização da prova, com prazo escalonado”. 

A suspensão da comprovação, segundo o presidente, levaria ao pagamento indevido de benefícios.


O presidente explicou que o texto da lei traz outras medidas que podem substituir a comprovação nos bancos e agências. 

As alternativas consistem na utilização da biometria pelos segurados nos bancos e agências, a preferência do atendimento dos beneficiários com mais de 80 anos ou com dificuldades de locomoção, e a possibilidade de se realizar a prova de vida por representante legal ou procurador. 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.