O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A solicitação, que foi entregue nesta quarta-feira 23, também é assinado pelo presidente do partido, Carlos Lupi.
Ciro e Lupi acusam Bolsonaro de cometer crime de responsabilidade por ter incentivado atos contra Legislativo e Judiciário no último domingo 19, quando o presidente discursou em uma manifestação que pedia o fechamento do Congresso e do STF.
No texto, os políticos dizem que “a incitação de manifestação contra os Poderes constituídos, a presença, apoio e endosso do presidente da República a pedidos de ruptura da ordem constitucional, do fechamento do Congresso Nacional e do STF” e a adoção de atos institucionais autoritários são uma “afronta ao princípio da separação dos Poderes, sendo, portanto, crimes de responsabilidade”.
“Até onde vai tanta irresponsabilidade?” Chega! Impeachment Já! pic.twitter.com/luQel9MaLN
— Carlos Lupi (@CarlosLupiPDT) April 22, 2020
O pedido cita, também, que Bolsonaro descumpriu orientações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e de normas de estados e municípios quanto à adoção de medidas de prevenção de contágio do coronavírus.
“As atitudes mesquinhas do denunciado resguardam apenas os interesses escusos do capital, no que se olvida que a fatura da pandemia da Covid-19 não pode ser paga com vidas alheias, em patente desrespeito a direitos individuais e sociais”, afirma o texto.
Com esse novo documento, os casos sob análise do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegam a 24, incluindo pedidos de parlamentares do PSOL e um do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), ex-aliado de Bolsonaro.
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