Política
Coalizão de bancos e empresas do agronegócio divulga carta em defesa do sistema eleitoral
O grupo reúne companhias como Itaú Unibanco, Bradesco, Santanter, Bayer, Carrefour e Nestlé
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A Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura divulgou, nesta quarta-feira 3, uma nota em defesa da democracia e do processo eleitoral brasileiro.
O grupo reúne 300 representantes de empresas do agronegócio e do setor financeiro, além de intelectuais e ativistas. Entre as empresas envolvidas estão os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, BTG Pactual e Santander, e as companhias Bayer, Carrefour, Danone, Grupo Boticário, JBS, Klabin, Natura, Nestlé e Suzano. A Associação Brasileira do Agronegócio, a Abag, também integra a Coalizão.
O documento será encaminhado a diversas instituições, como o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, alguns ministérios e embaixadas.
O texto diz que “o futuro que queremos depende do diálogo entre divergentes e do respeito ao resultado das eleições” e que “o processo eleitoral é inquestionável e imprescindível para toda e qualquer discussão que vise à prosperidade do País”.
A Coalizão Brasil também cita pautas como o combate ao desmatamento e à fome e a geração de empregos e renda. O grupo enviou propostas com base nesses três eixos aos pré-candidatos à Presidência da República.
A carta é publicada em meio a uma série de ofensivas do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral, que ganharam destaque após a reunião realizada com embaixadores, em que o ex-capitão mencionou versões já desmentidas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas.
No 7 de Setembro, Bolsonaro pretende levar apoiadores às ruas e retomar essa pauta. Já o campo democrático planeja manifestações em 11 de agosto, uma quinta-feira, e 10 de setembro, um sábado.
Leia o texto na íntegra:
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura posiciona-se, em diversas ocasiões, em prol de uma agenda que alavanque o desenvolvimento sustentável, a economia de baixo carbono, o combate ao desmatamento e às mudanças climáticas, entre tantos assuntos de uma pauta cada vez mais ampla e transversal. Desta vez, no entanto, nosso movimento vem a público em apoio a uma bandeira sem a qual nenhuma das demais é possível: a defesa da democracia.
Nos últimos 37 anos, o Brasil dedicou-se a edificar um regime cidadão, de instituições sólidas e calcado no respeito à lei e no equilíbrio de direitos e deveres. Em seu alicerce estão eleições limpas, onde se manifesta a vontade popular. É sobre elas que se pavimenta o caminho para um país melhor, mais maduro, melhor conceituado na comunidade internacional, mais apto a liderar o debate e a implementação de agendas urgentes e que provocam mobilização crescente no mundo inteiro, como a da sustentabilidade e das mudanças climáticas.
O futuro que queremos depende do diálogo entre divergentes e do respeito ao resultado das eleições. Este deve ser um ponto pacífico entre todos os atores que se dispõem a representar a sociedade brasileira à frente de um Estado democrático de Direito.
A Coalizão Brasil divulgou recentemente suas propostas aos candidatos para as próximas eleições. Nossas contribuições giram em torno de três eixos: o combate ao desmatamento e à perda de recursos naturais; a produção de alimentos e o combate à fome; e a geração de emprego e renda. E ressaltamos que o processo eleitoral é inquestionável e imprescindível para toda e qualquer discussão que vise à prosperidade do país.
Sem democracia não há desenvolvimento e sustentabilidade. Sem sustentabilidade não há futuro possível.
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