Uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira 7 o texto-base da PEC Eleitoral, a criar benesses temporárias e servir como uma tentativa de dar sobrevida à campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.
Foram 36 votos favoráveis e apenas um contrário, do deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP). Após a análise de destaques, a matéria seguirá para análise do plenário.
Para uma PEC ser promulgada, ela precisa de, no mínimo, 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em dois turnos de votação no plenário de cada Casa.
O texto institui um estado de emergência e libera do teto de gastos 41,25 bilhões de reais até o fim do ano para a expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás, a criação de auxílios a caminhoneiros e taxistas, o financiamento da gratuidade de transporte coletivo para idosos, a compensação a estados que concederem créditos tributários para o etanol e o reforço do programa Alimenta Brasil.
O relator da PEC Eleitoral na comissão especial, o deputado Danilo Forte (União-CE), chegou a sinalizar mudanças no texto, mas cedeu ao governo e manteve a redação do Senado. Se houvesse alteração na proposta, ela teria de voltar aos senadores.
Também a fim de atropelar qualquer tentativa de prolongar os debates, o comando da Câmara apostou em sessões-relâmpago e na anexação da PEC Eleitoral a outra proposta já em tramitação.
Uma pesquisa Datafolha publicada no fim de junho aponta que 47% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo – em março, eram 48%. Já os que veem a gestão como boa ou ótima são 26% (eram 25%).
Na corrida à Presidência da República, o instituto aponta a liderança de Lula (PT), com 47%, 19 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no primeiro turno. Na projeção de segundo turno, o petista levaria a melhor sobre o ex-capitão por 23 pontos: 57% a 34%.
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