Política

Conass reage e diz que não irá exigir receita médica para vacinar crianças

Conselho que reúne secretários estaduais de saúde ainda criticou declarações recentes do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Foto: GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP
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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou nesta sexta-feira 24 que não pretende seguir a determinação do governo federal de exigir receita médica para a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos.

A posição foi publicada em carta natalina às crianças brasileiras assinada por Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do conselho.

“Quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina”, afirma o Conass na carta.

No texto, o Conass ainda critica as declarações recentes de Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, que disse que óbitos infantis por Covid-19 estariam dentro de um patamar aceitável para o governo liderado por Jair Bolsonaro (PL).

“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, diz outro trecho da carta.

Confira a íntegra do texto publicado pelo Conass:

CARTA-DE-NATAL-DO-CONASS-AS-CRIANCAS-DO-BRASIL

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