Política

Conselho de Ética da Câmara arquiva processos contra bolsonaristas

Desde 2002, das 170 representações que chegaram ao colegiado, só em sete casos os parlamentares foram penalizados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Conselho de Ética da Câmara arquivou pedidos de cassação do mandato por quebra de decoro dos deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Kim Kataguiri (União-SP), devido a falta de julgamento durante a legislatura que se encerra nesta terça-feira 31.

Ao todo, oito parlamentares, em grande parte bolsonaristas, foram alvos de representação no colegiado. A lentidão na tramitação dos processos está relacionada à pouca disposição de punir os colegas durante o período eleitoral. Desde 2002, das 170 representações que chegaram ao Conselho, só em sete casos os parlamentares foram penalizados.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era alvo de três processos por causa de publicações em tom de deboche sobre a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão. Contra Bia Kicis também pesam postagens em redes sociais com informações falsas.

Outro caso arquivado é o do deputado Wilson Santiago (PTB-PB), acusado de desviar recursos de obras contra a seca no Nordeste. Ele chegou a ter o mandato suspenso por determinação do Supremo Tribunal Federal, mas o plenário da Câmara decidiu mantê-lo no cargo.

Flagrado pela Polícia Federal com maços de dinheiro, o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) também terá o processo a que responde arquivado no colegiado. Ele é suspeito de integrar um esquema de compra e venda de emendas parlamentares no Congresso.

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