Política
Coronel da PM de Goiás é preso pela PF por participação nos atos golpistas
Ele é o segundo militar alvo da 10ª fase Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta terça-feira
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O coronel da Polícia Militar de Goiás e ex-comandante da Rotam no estado, Benito Franco, foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira 18 como parte da 10ª fase da Operação Lesa Pátria. Ele é um dos 16 alvos dos mandados de prisão preventiva expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
A prisão de Franco foi revelada pela afiliada da TV Globo em Goiânia, mas não confirmada pela PF, que optou por não divulgar, ainda, a identidade dos alvos da operação. Franco é suspeito de incitar os golpistas no dia 8 de Janeiro, em Brasília.
Além de coronel da PM e ex-comandante da Rotam, Franco também foi candidato a deputado federal na última eleição pelo PL. Ele não foi eleito. O perfil é semelhante ao de outros alvos da operação desta terça, que prendeu com políticos ligados ao PL em Minas Gerais e no Pará.
Franco também é o segundo militar preso nesta sexta-feira por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de Janeiro. Mais cedo, veio à tona a identidade do tenente-coronel da reserva da Aeronáutica Euro Brasílico Vieira Magalhães. Assim como Franco, ele também incitava os golpistas.
A operação
A Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta terça-feira, cumpre 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.
Assim como nas 9 fases anteriores, a PF informou que “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
A 10ª fase da Lesa Pátria ocorre no mesmo dia em que o STF iniciou o julgamento de 100 denunciados pela Procuradoria-Geral da República por executar ou incitar os atos golpistas de 8 de Janeiro. No plenário virtual, o primeiro voto foi de Alexandre de Moraes, relator do caso. O ministro votou para tornar réus os 100 denunciados. Dias Toffoli seguiu o mesmo entendimento.
Essa é a primeira leva de casos relacionados ao 8 de Janeiro que está sendo analisada pela Corte. Ao todo, a PGR já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.
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