O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), deve recomendar o indiciamento dos ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Onyx Lorenzoni, do Trabalho, além do presidente Jair Bolsonaro.
Entre os 11 delitos que devem ser atribuídos ao ex-capitão, segundo a avaliação do relator, estão crime de epidemia, prevaricação, infração de medidas sanitárias, charlatanismo, incitação ao crime, crime contra humanidade e homicídio comissivo.
O relatório de Calheiros deve ser apresentado na próxima segunda-feira 20 e lido em sessão na terça-feira 19. A votação do texto deve ocorrer na quarta-feira 20.
Queiroga tende a ser indiciado, na avaliação do relator, por crime de epidemia. Um requerimento para ouvir o ministro pela 3ª vez foi aprovado, mas os senadores desistiram do depoimento.
A convocação havia sido avalizada no dia em que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, órgão consultivo do Ministério da Saúde, retirou de pauta a análise de um estudo contra o uso da cloroquina em pacientes com Covid.
Senadores entendem que o ministro interferiu na pauta da Conitec. A votação estava marcada e o relatório já havia sido entregue aos membros da comissão. A exclusão do documento da pauta foi vista como uma ‘manobra’ do governo de Jair Bolsonaro em prol de medicamentos ineficazes.
Reunidos virtualmente nesta sexta-feira 15, os senadores decidiram que Nelson Mussolini, representante do Conselho Nacional de Saúde, será o último a depor à comissão, na segunda-feira 18. Ele também é integrante da Conitec.
Outra tendência é de que Calheiros proponha o indiciamento de três filhos de Jair Bolsonaro: o senador Flávio, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos, por infração de norma sanitária.
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