Política
CPI das Fake News será instalada na semana que vem, diz Alcolumbre
Presidente do Congresso afirmou que já há acordo para definir relator; segundo fontes, deputada Lídice da Mata (PSB-BA) deve ocupar posto
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/08/Davi-Alcolumbre-Congresso-Nacional-Foto-Roque-de-Sá-Agência-Senado.png)
O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou, nesta quarta-feira 28, que a “CPI das Fake News” será instalada na semana que vem. Segundo Alcolumbre, já há previsão sobre qual deputado será o relator.
A declaração ocorreu durante sessão no plenário com deputados e senadores. Os parlamentares realizavam votações sobre vetos presidenciais a projetos de lei, quando o presidente do Congresso fez o informe.
“Aproveito para informar ao Plenário que já houve acordo na indicação do relator da CPI das Fake News, e o Senado já tem a indicação para a presidência da Comissão. Na semana que vem, nós faremos a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito [CPMI]”, afirmou Alcolumbre.
A comissão será composta por 15 deputados e 15 senadores e igual número de suplentes. Os parlamentares investigarão ataques cibernéticos, perfis falsos e cyberbullying. A criação da CPMI foi anunciada em 3 de julho. O colegiado terá 180 dias para apurar a utilização de perfis falsos nas eleições de 2018, a prática de bullying pela internet e o aliciamento de crianças em crimes de ódio e suicídio.
A reportagem apurou que a relatora será a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), da oposição. Fontes afirmam que a relatoria havia sido oferecida ao PT, mas a sigla preferiu repassar a indicação.
A corrida eleitoral do último ano foi marcada por notícias de utilização de contas fantasmas nas redes sociais para proliferação de notícias falsas. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pode ser atingido com as investigações, já que recaem nele acusações sobre a prática.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.